Nesta quinta-feira, dia 20 de março, os sindicatos dos trabalhadores e representantes das Universidades Comunitárias, incluindo o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Privado (Sinteep Noroeste – RS), realizaram mais uma rodada de negociação com o patronal, retomando as cláusulas apresentadas. Durante o encontro, o Sindicato das Mantenedoras das Instituições Comunitárias (Sindiman) apresentou dados sobre o cenário educacional, abordando informações sobre alunos, matrículas e o mercado de Ensino Superior.

O ponto de consenso entre as partes foi a constatação de uma estabilização no setor educacional e nas Instituições Comunitárias, revertendo a tendência de queda dos últimos anos. Os representantes dos trabalhadores destacaram ainda a melhora nos índices de desemprego, fator que pode impulsionar o aumento de matrículas e, consequentemente, favorecer a recuperação das perdas salariais acumuladas ao longo dos anos.

Por outro lado, os representantes das universidades reconheceram a estabilidade, mas enfatizaram que ainda há desafios financeiros, como endividamento passado e defasagem na infraestrutura, o que dificulta a reposição integral das perdas salariais anteriores. Ainda assim, o debate foi produtivo e permitiu avanços nas negociações.

Proposta do Sindiman

Após as discussões, o Sindiman apresentou uma proposta visando a aplicação da Convenção Coletiva ainda na data-base de março de 2025, recomendando que as universidades antecipem o reajuste já no mês de março. A proposta inclui os seguintes pontos:

• Licença remunerada no final do ano: de 24 a 31 de dezembro de 2025.
• Desconto na pós-graduação: 50% de abatimento nos cursos Lato Sensu.
• Reajuste salarial: correção pelo INPC de 4,87% sobre os salários de março de 2025.
• Renovação das cláusulas da Convenção Coletiva de 2024, com ajustes de datas.

Pontos de debate

A comissão dos trabalhadores avaliou positivamente a proposta, mas reafirmou a importância de três pontos que ainda não foram contemplados:

• Recuperação de 2,31% referentes às perdas do período da pandemia.
• Pagamento da primeira parcela do 13º salário em agosto.
• Implementação do vale-alimentação como forma de valorização da categoria.

Os representantes patronais argumentaram que esses pontos são de difícil viabilização no momento.

A próxima reunião está agendada para o dia 27 de março, quando os sindicatos de trabalhadores apresentarão uma contraproposta. A avaliação até o momento é de que a negociação está evoluindo de maneira ágil e que um dos principais pleitos, a garantia do reajuste salarial na data-base, está sendo atendido. Seguimos atentos e mobilizados pela valorização da categoria.