Desde o mês de março, o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Privado – Sinteep Noroeste-RS, e demais sindicatos que representam os trabalhadores, vêm tentando negociar com o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Instituições Comunitárias de Educação Superior no Estado do Rio Grande do Sul – Sindiman-RS, a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2024/2025. Até o momento, no entanto, sem sucesso.
Conforme explica o coordenador do Sinteep Noroeste, Éder Schuinsekel, os pontos negociados atendem minimamente às reivindicações da categoria. “É importante ressaltar que a negativa de repor as perdas inflacionárias está sendo colocada na mesa desde o início das negociações, e que mesmo com todas as discussões realizadas, não conseguimos avançar até o início de maio, quando aconteceu a situação de calamidade em razão das enchentes. Após o mês de maio, as reuniões foram suspensas e retomadas no dia 6 de junho, com a apresentação, por parte do Sindicato Patronal, de uma proposta que contempla o pagamento das perdas inflacionárias no valor de 3,86%, em três parcelas, que seriam pagas, respectivamente, em setembro de 2024, janeiro e março de 2025, todas com percentual de 1,29%, além de algumas cláusulas já negociadas referentes à situação de calamidade”, explicou.
Na reunião do dia 13 de junho, quinta-feira, os sindicatos representativos dos trabalhadores rejeitaram a proposta com veemência, reafirmando que os trabalhadores estão desde março deste ano aguardando o reajuste salarial, e que as Instituições de Ensino Superior reajustaram as mensalidades entre 5% e 9%, sendo que os novos valores estão sendo pagos desde janeiro. “Somos totalmente sensíveis às cidades e Instituições atingidas pela enchente, mas precisamos, neste momento, garantir a reposição não pelo mínimo que o Sindiman quer, mas com um reajuste que possa contemplar as nossas reivindicações”, destaca Éder, lembrando que os sindicatos nunca negaram a discussão de problemas locais, inclusive celebrando acordos referentes ao décimo terceiro, banco de horas e tantos outros.
“Após uma longa e acalorada discussão, procurando um final para estas negociações, propusemos ao Sindiman-RS o reajuste, em julho, dos 3,86%, referente às perdas do último período, e um abono salarial para ser pago até o final da data-base, que será discutida na próxima reunião do dia 20 de junho”, completou o coordenador.