Outubro é o mês em que se destaca a campanha Outubro Rosa, uma iniciativa mundial voltada à conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, além de, mais recentemente, incluir o câncer de colo de útero. O objetivo da campanha é chamar a atenção para a saúde das mulheres e de homens trans, que também podem ser afetados por essas doenças.
O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo todo, e sua detecção precoce aumenta significativamente as chances de cura. Exames regulares, como a mamografia, e o autoexame, que auxilia na identificação de possíveis alterações nos seios, são essenciais para o diagnóstico inicial. No caso de homens trans, a orientação médica personalizada é igualmente importante, especialmente para aqueles que não passaram pela mastectomia, já que continuam expostos ao risco da doença.
O câncer de mama pode ser detectado em estágios iniciais na maioria dos casos, apresentando sinais como nódulo (caroço) fixo e geralmente indolor, pele da mama avermelhada, retraída ou com aparência de casca de laranja, alterações no bico do peito, pequenos nódulos nas axilas ou pescoço, e secreção anormal pelos mamilos.
Já o câncer de colo do útero se desenvolve de forma lenta e, nas fases iniciais, pode ser assintomático. Nos estágios mais avançados, pode causar sangramentos vaginais intermitentes ou após relações sexuais, secreção vaginal anormal e dores abdominais associadas a queixas urinárias ou intestinais.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser prevenidos com a adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, amamentação, controle do peso corporal e redução do consumo de álcool.
Além de ressaltar a importância da prevenção, o Outubro Rosa também nos convida a refletir sobre o cuidado integral com a saúde feminina. Esse cuidado engloba o bem-estar físico, mental e emocional, reconhecendo que o câncer não afeta apenas o corpo, mas também a autoestima e a qualidade de vida das pacientes. O suporte psicológico e o acolhimento são aspectos cruciais para enfrentar essa jornada difícil.
Nesse cenário, é importante destacar o papel das profissionais da educação, como professoras e técnicas-administrativas e de apoio, que muitas vezes colocam as necessidades dos alunos e da sua Instituição à frente de seus próprios cuidados. A intensa rotina pode levá-las a negligenciar a própria saúde. As campanhas de conscientização devem, portanto, lembrar essas mulheres da importância dos cuidados preventivos. Universidades são lugares ideais para promover ações de conscientização, como palestras e exames de rotina voltados às profissionais.