A manifestação política contra o resultado eleitoral no Colégio Marista Santa Maria, de Curitiba (PR), na última segunda-feira (31), durante a qual grupo de estudantes vestidos de verde e amarelo hostilizou outro grupo que carregava bandeira do PT, comprova dois pontos importantes sobre a educação sob o governo Bolsonaro, sobretudo nas escolas privadas. Pontos, aliás, que a Contee sempre salientou.
O primeiro é que nunca houve ideologização de esquerda por parte do magistério; caso contrário, não haveria tantos alunos — e também professores — defensores da extrema-direita.
O segundo é que o movimento Escola Sem Partido jamais fez jus à preposição “sem”. Pelo contrário. Sempre foi a defesa de uma escola “com” partidos, desde que fossem aqueles que defendessem ultraliberalismo econômico, autoritarismo político e reacionarismo moral.
A vitória de Lula é uma vitória também da educação democrática, da liberdade de aprender e ensinar, e do respeito ao pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
Mais do que isso: diversos países que valorizam a educação como instrumento de desenvolvimento reconheceram de imediato o resultado eleitoral no Brasil, cumprimentando Lula já nas primeiras horas após a confirmação do nome dele como novo presidente eleito do País. Isso implica uma grande sinalização para o fortalecimento do ensino público, revertendo o desmonte generalizado praticado pelo governo atual, e para o retorno do investimento em ciência e em pesquisa de qualidade.
Táscia Souza
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