As negociações sindicais para a renovação da Convenção Coletiva 2024/2025 foram retomadas na última quinta-feira, 6 de junho, após a paralisação ocorrida em virtude do estado de calamidade pública decretado no Rio Grande do Sul por conta das enchentes.
A reunião ocorreu de forma on-line, por meio do Google Meet, e contou com a representação patronal de Universidades Comunitárias e dos cinco sindicatos que defendem os direitos dos trabalhadores. Nesta retomada das negociações, os sindicatos restringiram-se a ouvir as argumentações dos representantes das universidades, que apresentaram a dimensão dos impactos que as Instituições de Ensino sofreram com as enchentes, tanto em questões de infraestrutura, bem como seus trabalhadores e estudantes.
Conforme os dados apresentados, sete universidades foram afetadas de alguma forma pela tragédia e, deste total, quatro tiveram suas atividades paralisadas. Além disso, cerca de 22 mil acadêmicos foram afetados, o que já se prevê para o segundo semestre, maior dificuldade para matrículas e possibilidade de trancamentos e cancelamentos, assuntos que já estão sendo gerenciados pelas instituições.
Segundo o coordenador do Sinteep Noroeste, Eder Ocimar Schuinsekel, a categoria está sensibilizada com o que a população vem enfrentando, mas a retomada das negociações se faz necessária, pois a convenção é para o coletivo que compreende 14 instituições. “Enquanto comissão dos trabalhadores, reafirmamos que as negociações são fundamentais, inclusive, para que estes trabalhadores atingidos tenham condições para reconstruir as suas vidas. Nossa Convenção Coletiva negociada desde março de 2024 tem esse caráter estadual, somos sensíveis aos problemas enfrentados pelas universidades atingidas, porém não podemos abrir mão da reposição salarial dos trabalhadores, pois estes também foram duramente atingidos. Quanto às demais instituições que não foram atingidas não vemos razões para a não reposição pois aumentaram as mensalidades em índices bem maiores, explicou.”, explicou.
Em termos de propostas de reajustes salariais, ocorrerá uma nova reunião na quinta-feira, 13 de junho, para discutir a proposta que foi apresentada pelos representantes patronais, e que está abaixo da expectativa. Portanto, será necessário melhorá-la para atender os anseios da categoria.
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